A rota dos colonizadores propõe, através da interdisciplinaridade, rememorar os passos que os primeiros colonizadores realizaram, quando chegaram à Paraíba, enfocando também todas as mudanças geomorfológicas ocorridas com o ambiente ao longo desses séculos de história. Os professores de Geografia, Carlos Campos, junto com o professor de Biologia, Sérgio Mala, ministraram uma verdadeira aula de campo interdisciplinar aos alunos da 2ª série do Ensino Médio. Foi uma aventura fantástica e, apesar de o dia estar chuvoso, a turma não desistiu. Junto com eles, os coordenadores Danilo e Matilde tiveram que enfrentar a chuva, o vento e o frio!
O ponto de partida foi a Praia de Jacaré, local de embarque, e daí seguimos em direção à foz do Rio Paraíba, onde foi abordado, a partir do Porto de Cabedelo, a sua importância econômica e suas restrições de calado para aporte de navios de grande porte, bem como a condição sui generes do Moinho Dias Branco. O próximo passo foi colocarmo-nos no papel dos holandeses invasores que por lá chegaram e se viram na alça de mira dos canhões da fortaleza de Santa Catarina, verdadeiro porteiro na entrada da foz do Paraíba.
Continuando nossa aventura pedagógica, defrontamo-nos com a ilha fluvial da Restinga, formada pelo assoreamento das nascentes e margens do Alto Paraíba, que, por ação do relevo, foi-se depositando. Nessa ilha encontramos vários ecossistemas, tanto naturais, como artificiais, pois foi utilizada de várias maneiras nesses séculos de existência. Funcionou como defesa através de fortins, como leprosário e até como engenho, de caráter particular nos dias atuais.
A próxima meta foi à visita a Forte Velho, que devido ao mau tempo, só passamos, não ancoramos. Trata-se de uma das mais antigas povoações da nossa história, e até hoje resiste com sua população em grande parte tirando seu sustento do rio. Em seguida, seguimos o Rio Paraíba acima onde foi possível observar o Porto do Capim, berço original da construção de nossa cidade (João Pessoa). Nesse percurso nossa atenção desviou-se para as intervenções humanas, e à sobreposição das escolas arquitetônicas.
Retornamos pela outra margem, mostrando as diferenças entre mangue-manso e mangue-bravo, raízes pneumatóforos, escoras, aspectos e importância dos manguezais para a manutenção da vida oceânica, uma vez que se trata de um berçário de espécie marinha.
Por fim, ancoramos na praia de Jacaré onde observamos um espetáculo gentilmente oferecido pela natureza. O sol abriu-se exclusivamente para nós, uma vez que, logo em seguida, a chuva reapareceu.
Em um ambiente de descontração e alegria ocorreu a comprovação da teoria na prática, o aprendizado fluiu naturalmente. Valeu o esforço!
Fonte: Colégio Evolução
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