Prática de assédio virtual muito comum entre crianças e adolescentes, o cyberbullying tem preocupado famílias e escolas. Saiba o que fazer para combater esse tipo de abuso.
Ser alvo de ofensas e ataques gratuitos em ambiente escolar, sem motivo ou razão aparente, prejudica experiências e aprendizados de crianças e adolescentes, repercutindo negativamente em seus interesses e escolhas ao longo da vida.
Dentre as diferentes adversidades dessa fase, que geram preocupações em muitos pais e professores – está o bullying: agressão verbal, física ou psicológica, com o propósito de maltratar, ridicularizar ou humilhar alguém.
As tecnologias transformaram a maneira como as gerações mais jovens se relacionam socialmente, influenciando diretamente na maneira de se comportar e, sobretudo, determinando padrões de conduta.
O que é o cyberbullying?
Quando essa prática nociva ultrapassa a barreira do mundo real e se estende ao espaço virtual, temos então o cyberbullying, caracterizado por atitudes violentas e intimidadoras na internet, por meio de mensagens depreciativas, constrangedoras ou difamatórias contra a vítima.
De acordo com pesquisa divulgada ano passado pelo IBGE, um a cada dez adolescentes já se sentiu ameaçado ou insultado em redes sociais ou aplicativos. A ideia de que ciberespaço é um lugar sem regras e que ninguém será descoberto encoraja ações dessa natureza.
Em um cenário aparentemente sem limites, o que agrava o assédio virtual é o campo de atuação, que se torna mais amplo e difícil de controlar, podendo acontecer de qualquer lugar, a qualquer momento e realizado por qualquer pessoa, muitas vezes até desconhecida.
Cyberbullying no cotidiano: o que fazer?
Os efeitos do cyberbullying na rotina podem ser traumáticos, afetando o rendimento escolar, as amizades e até os gostos pessoais. Depressão, desinteresse, ansiedade, estresse, isolamento, medo, dores de cabeça, insônia, irritabilidade são alguns dos possíveis sintomas que identificam esse quadro.
Por isso, os pais devem ficar atentos aos sinais quando o filho apresentar alguma mudança de temperamento e tentar orientá-lo. Um bom começo é estabelecer uma relação de confiança e manter um diálogo aberto, para que ele se sinta confortável em expor sentimentos e ponto de vista.
É importante trabalhar as suas habilidades, valorizando qualidades e talentos, reforçando que ele pode estar sempre em busca de aprender coisas novas. Pensamento crítico, protagonismo, resiliência, comunicação, criatividade e gestão de emoções são capacidades fundamentais para o fortalecimento da autoestima e aceitação.
Prevenindo o cyberbullying: boas maneiras na rede
Usar a internet com responsabilidade e consciência é uma maneira de transformá-la em um ambiente saudável e instigante para a busca de conhecimento. Veja algumas dicas de como navegar em segurança:
- Não abrir links suspeitos;
- Ter prudência com amizades virtuais;
- Não compartilhar senhas, endereços ou fotos com qualquer pessoa;
- Não espalhar mentiras, notícias falsas ou imagens constrangedoras;
- Negociar o tempo de uso da internet;
- Ser moderado quanto à exposição da vida particular na rede;
- Ensinar o seu filho a identificar o cyberbullying;
- Identificar se o seu filho comete bullying ou qualquer outra forma de violência.
Procure acompanhar as atividades do seu filho nas redes. Promover reflexões a respeito do cyberbullying, esclarecendo os riscos e consequências dolorosas dessa prática, é papel de todos que são parte da comunidade escolar.
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